Dr. Eduardo Affonso dos Reis
Cirurgião-Dentista – CROSP: 19820
Graduação
Faculdade de Farmácia e Odontologia de Ribeirão Preto – USP
Pós-Graduação
Mestre em Ciências Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
Especialista em Acupuntura
Registro no Conselho Regional de Odontologia – SP
Estar em dúvida permite inovar-se. Reinventar-se. As pessoas que não têm dúvidas apenas são capazes de repetir. Elas não criam.
Claro que repetir o que funciona e o que dá certo não tem problema algum. Ademais, a habilidade é a repetição consciente. Quando se percorre um caminho assertivo não há, obviamente, razão para mudar a direção. Entretanto, quando algo não é totalmente eficaz você pode ficar parado, trilhar a rota de fuga ou buscar a solução. Com certeza todos nós dentistas já tivemos dúvidas sobre aplicar os métodos tradicionais usados para tratar a patologia da articulação temporomandibular (ATM).
Sempre tive a esperança de encontrar uma terapêutica que fosse capaz de tratar as causas e não apenas minorar os sintomas.
Em primeiro lugar foi necessário desenrolar o emaranhado de contradições diagnósticas tanto nos aspectos clínicos quanto nos exames complementares.
A nomenclatura disfunção ou síndrome da ATM era pertinente porque as causas dos problemas da ATM não estavam definidas. Na atualidade, sabemos serem as artrites e as artroses – derivadas do bruxismo e do apertamento dental – os determinantes dos problemas da ATM. Também sabemos que os fatores emocionais jogam um papel fundamental na frequência e na intensidade do bruxismo e do apertamento dental.
Daí a nova expressão: “patologia da ATM”; cujo diagnóstico é obtido pelo exame clínico de palpação dos músculos da mastigação, da ATM, de pontos de acupuntura, da imagem do Rx panorâmico e da imagem da tomografia computadorizada da ATM.
Em segundo lugar foi avançar para uma nova abordagem da patologia da ATM que incluiu o tratamento da tontura postural (labirintite) e o zumbido capaz de obter resultados efetivos.
Mudar é complicado em qualquer profissão. Porém, acomodar-se é rota de colisão com o insucesso. E foi o que eu notei quando estava em dúvida sobre o que eu fazia, cheio de inquietações e conflitos profissionais, até desenvolver uma nova técnica para produzir a placa miorrelaxante e adotar a acupuntura como como terapia complementar.
Consegui organizar uma filosofia de tratamento capaz de clarear para os colegas médicos, dentistas e pacientes as razões diagnósticas e terapêuticas do tratamento da patologia da ATM, da tontura postural (labirintite) e do zumbido.
Os símbolos são elementos essenciais no processo de comunicação, encontrando-se difundidos nas mais variadas vertentes do saber humano. Alguns são reconhecidos internacionalmente. Outros são compreendidos exclusivamente em um determinado grupo ou contexto. Desta forma, eles devem sintetizar o pensamento filosófico que refletem.
O termo símbolo tem origem no grego symbolon (σύμβολον) e designa um tipo de signo em que o significante (a realidade concreta) combina com o significado (a realidade abstrata) e, assim, encerra a expressão da entidade que manifesta. Por exemplo: a cruz representa o cristianismo porque ela é a imagem do Cristo morto.
O paradigma representado pelo símbolo deriva de um processo natural ou pode ser convencionado de modo que o receptor – uma pessoa ou grupo particular de pessoas – consiga interpretar o seu significado implícito e atribuir-lhe determinada conotação explícita e se concretiza na circunstância dada em que uma condição específica necessita ser representada.
*A “American Medical Association”, em 1912, adotou o “Bastão de Esculápio” como seu símbolo.
Benjamin Constant Nunes Gonzaga, cirurgião-dentista do exército brasileiro, em um artigo publicado em março de 1914 na “Revista Odontológica Brasileira” (atual “Revista da Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas”), escreveu um artigo intitulado: “O Emblema Simbólico da Odontologia”. Neste, propôs como símbolo da Odontologia, inicialmente para o Corpo de Saúde do Exército, o símbolo adotado pela Medicina americana, inscrito em uma circunferência – Medicina Circunscrita – por entender que a Odontologia correspondia à especialidade médica que cuida da cavidade bucal.
Posteriormente, quando da realização do VII Encontro dos Sindicatos de Odontologia do Brasil, ocorrido em 6 de novembro de 1973, sob os auspícios da Federação Nacional dos Odontologistas, um grupo de trabalho constituído por Cyro Rausis, Amadeo Bobbio e Ernesto Salles Cunha, estudando o assunto, ratificou o modelo proposto por Benjamin Constant Nunes Gonzaga. Os profissionais integrantes desse grupo de trabalho acrescentaram apenas que o bastão seria marrom e o círculo, cor grená. Assim, foi recomendado o distintivo da Odontologia.
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) oficializou esse símbolo por meio do artigo 275 da “Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia”.
*Fonte: Informativo da Academia Cearense de Odontologia
O enclausuramento do símbolo da Odontologia fez muito sentido naquela época, porque houve a necessidade de ampliar o desenvolvimento técnico e científico odontológico. Este paradigma – foco exclusivo na boca – notadamente na segunda metade do século passado, trouxe como efeito positivo a elevação da Odontologia do artesanato à ciência.
Em contrapartida, essa introjeção configurou uma característica marcante da Odontologia no Brasil: o isolamento e a exclusão. Ademais, permaneceu internalizada no inconsciente coletivo, a conotação arquetípica de dor e sofrimento desvinculada da nossa realidade contemporânea. Para a sociedade brasileira, o cirurgião-dentista está caracterizado como um apêndice no conjunto das profissões da saúde e a boca não é entendida como um órgão do ser humano.
Todas as outras profissões da saúde se agrupam no entorno dos hospitais ou em outros “pontos” consagrados para o “setor saúde”. O cirurgião-dentista também se estabelece nessas regiões; porém, em sua grande maioria, encontra-se fora do ambiente hospitalar e atende sozinho ou em pequenos grupos de colegas em consultórios ou clínicas, de forma segmentada, nas diversas áreas geográficas de todas as cidades do país.
Nas últimas décadas, a urbanização crescente e a assistência à saúde rapidamente transformaram o perfil populacional brasileiro, um desafio para toda a sociedade neste presente imediato, embora ainda convivamos com os mesmos problemas sanitários do século passado. Contudo, a longevidade que a população brasileira está alcançando acrescenta novos problemas e cobra novas soluções. Desde a virada do milênio, o desenvolvimento da ciência odontológica tem comprovado, baseado em evidências, as suspeitas de que doenças odontológicas têm repercussões sistêmicas importantes. Um fenômeno humano integrado na sua totalidade.
Felizmente, o contínuo avanço tecnológico vem dinamizando todos os setores da atividade humana e também, evidentemente, da Odontologia. Os diagnósticos, os materiais e os procedimentos odontológicos continuam em aperfeiçoamento e, mais ainda, incorporando a tecnologia da informação como ferramenta para a solução das novas exigências.
A Odontologia não está com os seus pilares sob esgarçamento ou fratura. Pelo contrário, vive um momento de abertura e expansão. Precisa assumir de fato o seu pertencimento como especialidade que relaciona várias disciplinas e formas de ciência, o que lhe é de direito. As forças vivas odontológicas, pela razão da evolução, devem reler o passado e produzir a inovação. Em outras palavras, necessitam difundir outro conjunto de ideias característico de um novo padrão a ser seguido. Resumidamente, definir um novo paradigma para a Odontologia.
Filosoficamente, o símbolo da Odontologia deve incorporar essa nova dimensão, sem deixar de expressar a dinâmica transformadora que representou durante a sua trajetória e evolução histórica. No presente, passar a refletir as perspectivas futuras que surgem nos atuais horizontes da profissão. Para tanto, a ruptura do círculo que hoje o circunscreve tem o significado hermético de representar essa abertura em um amplo sorriso. O marco que culmina a integração da Odontologia ao holos humano.
Antes de mais nada, preciso entender o seu problema. Então me diga o que está se passando com você, quais os seus sintomas mais frequentes. Descreva com as suas palavras, sem se importar com uma linguagem “científica”.
A patologia da articulação temporomandibular (ATM), além da dor de cabeça (enxaqueca), da tontura postural (labirintite) e do zumbido, está relacionada com outros sintomas comuns na população: dor nas costas, azia e má digestão, insônia, depressão e ansiedade, fibromialgia (dores pelo corpo), por exemplo. E muitos outros. Muita coisa que ninguém associa com a boca e a própria ATM.
O meu objetivo é obter o relato do que está acontecendo com você para te responder focado no seu problema.
Dr. Eduardo Affonso Dos Reis
Cirurgião Dentista – CROSP 19820
Tratamento da ATM
Articulação Temporomandibular
Acupuntura / Reconstrução Bucal
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